Para os que desejavam ver a nossa primeira cerveja artesanal bock em ação, está ai o resultado ( :
A receita completa está aqui .
O que acharam? Deixe suas opiniões e sugestões no comentários abaixo.
Um abraço,
Cerveja Monstro.
Cerveja Monstro é malte, lúpulo, água, levedura e muito mais
Para os que desejavam ver a nossa primeira cerveja artesanal bock em ação, está ai o resultado ( :
A receita completa está aqui .
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Cerveja Monstro.
Depois de algum tempo utilizando o mesmo tipo de fermento em nossa cerveja artesanal de trigo alemã decidimos experimentar outra levedura, a Heffeweizen Ale – SY055 da Bio4. Já havíamos utilizado a levedura Danstar Munich Wheat Yeast com bons resultados em uma ocasião, mas acabamos ficando com a Safbrew Wheat WB-06 por ser mais fácil de encontrar e pelo bom desempenho apresentado.
Como existem diversas leveduras para esse tipo de cerveja, pensamos: “por que não testar um outra?”. Aliás, já tínhamos ouvido diversos comentários sobre a Bio4 (uma empresa Paranaense com alguns produtos para cervejeiros caseiros) e decidimos tirar nossas próprias conclusões.
A receita é a mesma, a única alteração além da levedura é a inclusão da decocção simples durante a mosturação (mencionamos esse processo na receita da nossa Bock Esqueleto). A nossa ideia é fermentar essa leva ao redor dos 21C para acentuar o frutado (banana).
Agora é aguardar a nova levedura trabalhar e quando a cerveja finalmente sair do fermentador comentamos os resultados por aqui.
Um abraço,
Cerveja Monstro
Sim, voltamos a fazer uma lager! E dessa vez preparamos nossa primeira cerveja artesanal do estilo Bock, um dos estilos clássicos da escola alemã de cerveja. Essa é uma lager forte, fácil de beber, escura e com destaque para o malte. Sua graduação alcoólica é de no mínimo 6,3% e em nossas mentes ela está de alguma forma conectada aos dias frios. Alguém ai se lembra do baixinho e da Kaiser Bock?
Originada no inicio do século XIV na cidade de Einbeck, no norte da Alemanha, a cerveja Bock quase desapareceu no começo do século XVI devido aos tempos difíceis em sua cidade de origem ( dois grandes incêndios e a guerra dos 30 anos). Ainda no século XVI, a cidade de Munique passou a tentar produzir as mesmas grandes cervejas da cidade de Einbeck, que no dialeto local era conhecida por “Ainpoeckish Pier”, que depois de algum tempo foi reduzido para “Poeck” e por fim “Bock”, que também significa bode em alemão.
Existe uma outra versão, mais interessante, da origem do nome dessa cerveja. Acredita-se que buscando proteção dos deuses, alguns povos faziam essa cerveja apenas durante o período do ano correspondente ao signo de Capricórnio, que em alemão se chama “Bock”, dai surgiria o nome.
Começamos a pensar em nossa receita de olho nas referências do estilo, “lager forte, escura e com destaque para o malte”. Para chegarmos em uma graduação alcoólica superior ao que estamos acostumados, usamos mais malte de cevada, a base é de malte Pilsner. Adicionamos o malte Caramel / Crystal para melhorar a retenção de espuma e o aspecto caramelado da cerveja, além disso, incluímos também um pouquinho do malte Carafa III para ajustar a cor.
O foco do lúpulo está no amargor, já que a característica predominante no sabor e aroma deve ser a do malte, portanto utilizamos apenas lúpulo para amargor, nossa meta era atingirmos cerca de 23 IBUs.
Para realçar a característica do malte na cerveja decidimos fazer uma decocção simples, que é basicamente retirar parte do mosto durante a mosturação e levar a fervura por algum tempo, antes de devolve-lo ao restante do mosto fazendo com que a temperatura de tudo se eleve e atinja a temperatura da próxima rampa de mosturação.
Utilizamos a levedura Saflager S-23 por ser a levedura lager que tínhamos por aqui. Nossa receita para uma cerveja bock artesanal (40 litros) ficou assim:
10kg de malte Pilsner
2kg de malte Caramel / Crystal – 80L
0,2kg de malte Carafa III
50g de lúpulo Northern Brewer (23,1 IBUs) – (60mins)
1 tablete de whirlfloc (15mins)
Levedura SafLager West European Lager (S-23)
Fizemos a mosturação com uma parada protéica a 50C e a sacarificação a 67C, a decoção foi feita durante a sacarificação, retiramos um terço do mosto ( a parte mais “grossa”, com os grãos) e levamos a fervura por 15mins, com uma pausa de cerca de 15 mins a 67C para sacarificação antes do mosto começar a ferver.
O lúpulo e o whirlfloc foram adicionados ao mosto a 60 mins e 15 mins do final da fervura, respectivamente. Fermentamos a 11C por 12 dias e depois fizemos o descanso para a redução diacetil (é só elevar em 4 graus a temperatura por dois ou três dias), em seguida baixamos gradativamente a temperatura até atingir 0C e seguimos com a maturação até atingirmos o nível que gostaríamos.
Nossa bock foi batizada de Esqueleto, na verdade pensamos em um monstro esqueleto, uma espécie de golem caveira com uns chifres como uma referencia ao “bode alemão”. Logo voltamos pra falar dos resultados e mostrar a cara da nossa Bock Esqueleto.
Um abraço,
Cerveja Monstro.
Fizemos um vídeo pra quem ficou curioso por mais detalhes da nossa cerveja artesanal German Pilsner.
E ai? ficou vontade de provar a nossa single malt & single hop?
Um abraço,
Cerveja Monstro.
Esse é o momento de conhecer o resultado da nossa cerveja artesanal single malt & single hop feita utilizando apenas um tipo de malte de cevada, Pilsner, e uma variedade de lúpulo, o alemão Tettnang. Foi durante a brassagem dessa cerveja que “inauguramos” nosso novo equipamento, batemos cabeça aqui e ali até nos acostumarmos com tudo, e acreditem, isso desempenhou um papel fundamental nos resultados.
Ao final do dia mandamos para o fermentador um pouco menos de mosto do que esperávamos (cerca de 15% menos), com uma densidade de 1.063SG, maior que o esperado (1.049SG). Ambos os casos estão diretamente relacionados a “estréia” do novo setup, porque quando elaboramos a receita consideramos os parâmetros antigos de eficiência e de perda de mosto durante o processo, já que não tínhamos nenhum palpite sobre como elaborar os novos.
Fermentamos a 11C e depois depois maturamos a frio até embarrilarmos, ao todo foram quase dois meses de espera, para nossa surpresa a densidade final da cerveja não saiu de 1.025SG, muito maior que o esperado (1.012SG). A possível causa dessa baixa atenuação foi o resultado de pouca levedura para um mosto de gravidade maior que o previsto (como regra geral recomenda-se um pacote de levedura para cada 10 litros de cerveja lager de até 1.050SG), fomos negligentes com o fermento e colocamos menos levedura que o necessário, mesmo se a densidade inicial tivesse ficado como o planejado, usaríamos menos levedura que a cerveja demanda, esse underpitching foi um erro de planejamento / receita que provavelmente resultou em baixa atenuação.
A cerveja ficou com graduação alcoólica de 5%, nesse caso a alta eficiência da brassagem compensou a baixa atenuação e ficamos dentro da faixa esperada. Porém, a alta densidade final deixou a cerveja “pesada”, com um final doce, características que sem dúvida não deveriam estar presentes nesse estilo de cerveja. Além disso, a cerveja ficou mais escura do que esperávamos e menos translucida do que gostaríamos, geralmente não ficamos muito encanados com translucidez em nossas ales, mas para uma Pilsner esse item também é importante. A parte boa dessa experiência é que o sabor e aroma do lúpulo alemão Tettnang é muito bom, nesse aspecto a cerveja ficou muito legal, amarga como pede o estilo e com um ótimo aroma de lúpulo.
Claro que os barris foram esvaziados rapidinho, a cerveja não estava ruim, mas sem dúvidas esperávamos mais dessa receita. Conforme mencionado no post com a receita, não fazemos muitas lagers por aqui, é difícil e os possíveis erros de percurso ficam mais evidentes na cerveja. Apesar da cerveja ter ficado aquém do esperado, essa experiência nos rendeu alguns aprendizados. O desafio de executar essa receita sem repetir os mesmos erros nos parece um desafio interessante. Quem sabe não voltamos a produzir lagers em breve e essa receita volta pra lista?
Um abraço,
Cerveja Monstro.
Cerveja single malt, cerveja single hop, soam diferente, não? talvez até sofisticadas, mas na verdade é exatamente o contrário, essa é uma abordagem relativamente simples de preparar cerveja artesanal, ao invés de ficar pirando em quais maltes usar ou quais lúpulos incluir ao elaborar a receita, você se limita a utilizar apenas um tipo de cevada maltada (single malt) ou um tipo de lúpulo (single hop) em prol da simplicidade e de poder enfatizar as características dos ingredientes escolhidos.
A Cerveja Monstro não produz muitas lagers, honestamente falando essa é a terceira leva, esse tipo de cerveja demanda muito tempo e trabalho, nossa primeira lager foi uma ótima Bohemian Pilsner e depois uma inesquecível Oktoberfest. Como ainda estamos devendo na área das cervejas de baixa fermentação (lagers) decidimos ampliar nosso repertório e tentar uma German Pilsner utilizando apenas o malte Pilsner e o nobre lúpulo alemão Tettnang, também utilizado em diversos outros estilos de cerveja como Oktoberfest, cervejas de trigo e outras ales.
Elaborar a receita (40 litros) nunca foi tão simples, estipulei a gravidade inicial que gostaria de atingir, German Pilsners variam entre 1.044SG a 1.050SG, por isso defini como target 1.049SG e para isso utilizei 10kg de cevada (malte Pilsner). Como adoramos cervejas bem lúpuladas, nossa meta foi atingir o IBU máximo para esse estilo de cerveja, que é 45 IBUs, utilizando 170 gramas de lúpulo. Depois foi só definir a levedura, a Fermentis SafLager West European Lager #S23 foi escolhida por ser a de mais fácil acesso.
Receita de cerveja artesanal German Pilsner, single malt, single hop :
100% de malte Pilsner
35,6 IBUs de lúpulo Tettnang (90mins)
7,7 IBUs de lúpulo Tettnang (30mins)
1 tablete de whirlfloc (15mins)
1,7IBUs de lúpulo Tettnang (3mins)
3 pacotes de levedura Fermentis SafLager West European Lager #S23
Com tudo pronto chegou a hora de ir pro fogão e testar o novo setup, passamos a utilizar um brewstand, trocamos o fundo falso pelo manifold para filtragem e também inauguramos três queimadores fixos que substituíram nosso bom, velho e pequeno fogão de alta pressão. Enquanto tentávamos nos adaptar ao novo equipamento, começamos a brassagem com a mosturação dos grãos já moídos, a primeira rampa foi feita a 67C e durou 80 mins, depois fizemos o mash-out a 76C por 10 mins antes de partir para a filtragem e clarificação.
Após a filtragem e clarificação ter sido concluída iniciamos a fervura e logo adicionamos a maior carga de lúpulo (35,6 IBUs) responsável por boa parte do amargor da cerveja, que ferveu junto com o mosto todos os 90 mins. Depois adicionamos as outras cargas de lúpulo, uma a 30mins e a outra a 3mins do final, além do whirlfloc, sempre adicionado 15 mins antes do fogo ser apagado. No final do dia tivemos uma eficiência muito maior do que o planejado e acabamos com uma gravidade inicial de 1.063SG ante os 1.049SG esperados. Resfriamos o mosto, agitamos bem para oxigena-lo e adicionamos a levedura previamente hidratada.
Desse momento em diante foi aguardar a fermentação terminar para carbonatar a cerveja e enfim conhecer os resultados. Voltamos em breve para falar como terminou essa experiência.
Um abraço,
Cerveja Monstro.
No ano passado, enquanto eu e meu irmão degustávamos algumas das criações da Cerveja Monstro, surgiu a ideia de levarmos um barril (postmix) de cerveja artesanal para o próximo “evento” da família, dessa forma poderíamos espalhar a “sementinha” da boa cerveja caseira em mais pessoas com apenas uma tacada. Depois de discutirmos o assunto, decidimos que a Monstro do lago Weiss seria a melhor escolha para participar da festa de dois anos do meu sobrinho porque é uma cerveja leve, refrescante, com colarinho cremoso e seu sabor / aroma frutado certamente ofereceria uma experiência diferente e agradável para os presentes, que em sua maioria não conheciam cerveja artesanal.
A cerveja de trigo degustada na ocasião foi feita no dia 20 de Janeiro e embarrilada no último dia 10, a receita é a mesma já conhecida exceto pela levedura, desta vez a utilizada foi a Danstar Munich Wheat Yeast, que na minha opinião foi muito bem, atenuou conforme o esperado, resultando em uma cerveja com graduação alcoólica de 4,7%, bem próximo do que estava programado, e gerou alguns dos sabores e aromas característicos desse estilo alemão de cerveja.
A carbonatação foi feita injetando CO2 dentro do barril com a cerveja, esse processo demandou algumas horas e muitas sacudidas no postmix. Por se tratar de uma Weiss, estilo com baixo amargor, foi utilizado pouco lúpulo na receita, essa leva teve aproximadamente 12 IBUs (escala utilizada para mensurar o amargor da cerveja, em casos extremos algumas cervejas podem ultrapassar 100 IBUs), para uma comparação simples e direta entre cervejas de trigo a Pé Grande, nossa American Wheat, tem aproximadamente 27 IBUs. Acho que esse fator (baixo amargor) ajudou na boa receptividade da cerveja, não causou estranheza dos que provaram cerveja artesanal pela primeira vez, como talvez aconteceria se tivessem provado uma IPA, a Monstro do lago Weiss foi aprovada por todos os que a degustaram, o que me garantiu uma ótima sensação de “missão cumprida”.
Infelizmente todo o conteúdo do postmix acabou, mas me lembrei de tirar uma foto para colocar aqui antes do derradeiro último copo ser servido. Andei cogitando uma pausa nas cervejas de trigo porque os prometidos dias de verão pareciam ter esquecido de vir para essas bandas, curiosamente me parece que eles decidiram aparecer agora (junto com a chuva), então, antes de voltar minhas atenções para outros estilos de cervejas, possivelmente eu volte a produzir a Monstro do lago Weiss em breve. Fiquem atentos, a produção é limitada! 😉
Um abraço,
Cerveja Monstro
Há muitos anos atrás, quando pela primeira vez provei uma cerveja de trigo, eu a conheci como “Weiss”, e apesar de usarem outros termos como Weissbier e Weizen, tenho a impressão de que Weiss é a forma como a maioria das pessoas se referem a esse tipo de cerveja por aqui. Weissbier é a palavra alemã para “cerveja branca” e Weizen é a palavra para “trigo”, esse é um estilo de cerveja da Baviera, sul da Alemanha, e que segundo as leis alemãs deve ser produzido com pelo menos 50% de malte de trigo, o restante é malte de cevada, do contrário ela não pode ser caracterizada como uma cerveja desse estilo.
Essa cerveja tem corpo leve, cor que varia entre o amarelo palha e o dourado, espuma branca e cremosa, é refrescante e comumente consumida no verão. O aroma e sabor geralmente remetem a cravo e banana, por vezes ligeiramente cítrica e com notas de tuti-fruti. Dada essa complexidade o lúpulo é utilizado de forma moderada, seu sabor é muito leve, por vezes ausente. Os exemplos comerciais mais fáceis de encontrar são: Erdinger Weissbier, Paulaner Hefe-Weizen, Colorado Appia, Bohemia Weiss e Eisenbahn Weizenbier.
Nesse exato instante as leveduras estão trabalhando na cerveja que fiz no ultimo dia 07, uma cerveja de trigo do tipo Weissbier ou Weizen. Esse estilo de cerveja demanda pouco tempo de maturação, quanto mais jovem melhor, portanto espero estar degustando essa cerveja em breve.
Essa é a terceira vez que faço uma cerveja desse estilo, as primeiras versões foram produzidas em Maio e Julho desse ano e estavam boas, mas como de lá pra cá aprimorei alguns processos e aprendi um pouquinho mais sobre como fazer cerveja, acho que essa versão ficará ainda melhor.
A receita é exatamente a mesma, as mudanças estão no processo e no melhor controle da temperatura de fermentação, essa leva foi nomeada “Monstro do lago Weiss”.
Esta é a receita que utilizei: (OG estimada 1050 SG)
50,5% de malte de trigo
46,6% de malte Pale Ale
2,9% de malte Munique II
Lúpulo Hallertauer Hersbrucker (12,2 IBUs)
Levedura Safbrew Wheat (WB 06)
As rampas foram:
15 min a 40C
15 min a 45C
15 min a 50C
45 min a 67C
10 min a 76C
A adição de lúpulo foi feita a 60min do final da fervura e a temperatura de fermentação é de 19C.
Assim que provar atualizo esse post.
(atualizado com foto da Monstro do lago Weiss).
Um abraço,
Cerveja Monstro