Ontem foi dia de embarrilar cerveja de trigo, a Monstro do lago Weiss! sabem o que isso significa? Significa que em breve terei uma ótima opção de cerveja artesanal para esses dias quentes de verão =) Apesar de repetir essa receita pela terceira vez, essa é a primeira em que utilizo o postmix (barril) para a carbonatação da cerveja e estou curioso para saber o impacto dessa escolha no resultado final.
Um dos benefícios de utilizar o postmix para carbonatar a cerveja é a praticidade, afinal isso demanda menos trabalho que a limpeza e sanitização de diversas garrafas de vidro, o processo é simples, consideravelmente mais rápido e foi mais ou menos assim:
O primeiro passo foi limpar e depois sanitizar o postmix, todos os seus componentes e demais itens a serem utilizados para servir a cerveja direto do barril (como chopp). Para sanitizar os equipamentos utilizo solução de ácido paracético.
Depois tirei o fermentador / maturador da geladeira e transferi a cerveja para o postmix devidamente limpo e religiosamente sanitizado (qualquer deslize aqui e lá se vai uma leva inteira de cerveja para o ralo).
Antes de engarrafar retirei uma pequena amostra para mensurar o quanto a levedura trabalhou e dessa forma obter a gravidade final da cerveja. Utilizei o refratômetro e a leitura indicou 5,8brix, como a fermentação gera álcool e isso distorce a informação é preciso corrigi-la. Após a correção a gravidade final da cerveja ficou em 1,007 e ao considerarmos a sua gravidade inicial de 1,049 temos uma cerveja com 5,5% de álcool.
Por último, conectei o postmix ao cilindro de CO2 para iniciar o processo de carbonatação forçada. Como as cervejas weizen ou weissbier tem um volume maior de gás dissolvido por litro de cerveja que a maior parte dos outros estilos, quase dobrei a pressão liberada pelo cilindro em comparação com o último embarrilamento (English Pale Ale). Em seguida sacudi algumas vezes o barril para ajudar a cerveja a absorver o gás mais depressa, mas me dei conta de que isso não seria necessário, já que não pretendia servir a cerveja naquele momento, então deixei o cilindro aberto, enviando constantemente CO2 para o barril até que a quantidade de gás absorvida pela cerveja seja a que configurei pelo manômetro.
Enquanto aguardo a cerveja absorver lentamente o CO2 até estar no ponto ideal para a degustação preciso encontrar algumas “cobaias” para experimentarem essa leva e me passarem as suas impressões. Alguém disponível?
Um abraço,
Cerveja Monstro.
Estou disponível, como cobaia…. Curiosíssima!
Uma cobaia! =D
Thais, entro em contato pra combinarmos os detalhes do “experimento”
Ahhh, não vejo a hora de degustar esse “experimento” e poder expressar minhas sensações! 🙂
Opa,
Vc teria a quantidade dos ingredientes para uma quantia final de 60 litros para esta sua receita?
Quanto tempo fermentou e quanto tempo maturou antes de embarrilhar?
Sidney,
Embarrilei essa cerveja exatamente um mês depois da brassagem.
Aguardei duas semanas e me certifiquei que a fermentação havia terminado, depois comecei baixar gradativamente a temperatura até atingir 0C, mantive nesse patamar até tirar do fermentador/maturador e embarrilar.
Para 60 litros, utilize 7,32Kg de malte de trigo, 6,76kg de malte Pale Ale, 0,46kg de malte Munique II, 81 gramas de H. Hersbrucker, 2 tabletes de whirlfloc e 3 pacotes de levedura Safbrew Wheat #WB06.
Depois me conte como ficou sua versão.
Boa brassagem e boa cerveja!
abraço